quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nosso apagão de cada dia...


É complexo. A mente toda é um emaranhado muito complexo. Mais complicada que a própria rede de energia elétrica interligada de todo o Brasil. Diversos fios interligam as emoções. Um deles parte; se rompe. Pronto!. Muda tudo. Daí, depois de tempos ele se conecta de novo. E como mágica, novas sensações. E existe fio-cerebral para tudo: o fio da da dor, da tristeza, da alegria, da solidão, da amizade, do amor, do sexo, do beijo, do prazer, do sabor, do cheiro...e por aí vai. Só que eles não seguem uma lógica retilínea. Por exemplo, com a energia elétrica, se você ligar uma usina para abastecer tal cidade ela sempre estará iluminada. Se o fio da usina partir apaga-se a luz da cidade. E, assim por diante. Tudo linear. Com a teia de aranha cerebral não é assim. Se você partir um fio que responde pela alegria, por exemplo, não ficará triste para sempre(necessariamente) até ele se recompor. Você cria novas alegrias e experimenta estas novas sensações. Se ele voltar a recomposição, também não significa que aquela mesma alegria anterior será igual. Estranho isso. Por isso disse que nosso emaranhado é muito confuso. Às vezes os fios se unem e confundimos a alegria com a amizade e sexo. Vez outra confundimos até mesmo a solidão com felicidade. Tantas outras vezes eles se unem e podemos sentir o prazer pela nostalgia. No fundo não somos complexos. É simples: procuramos alegria, amor, sexo, beijos, cheiros, sabores, sensações. E muitas vezes misturamos tudo como em uma salada mista e o gosto muda. Mas tudo muda. E sempre para melhor. Se não for para melhor,sua central energética tá precisando de um gerador. Pois o motor para tudo é a nossa mente. Só ela sabe ligar e desligar. Às vezes em momentos errados. Mas ela tem suas razões. Até o Brasil apaga. Porque às vezes a mente não pode dar um curto-circuito?